Tudo aquilo que já traiu meus sentidos não é mais confiável.
Medo. Puro medo de cometer os mesmos erros de novo, de ser frágil de novo, de ficar vulnerável de novo, de perder de novo, de sofrer de novo, de ser enganada de novo.
Minha alma não cabe mais no corpo de tanta vontade de acreditar, de correr pro abraço, de se deixar levar; mas o coração esta apavorado como nunca antes. Bate lento e bate forte, aperta e dói, se desespera e quer sair pela boca só de pensar em chegar mais perto de novo, em tocar de novo, em sentir de novo. Está traumatizado. Aí entra o racional e a emoção. O racional quer proteger o coração, mas a emoção insiste em satisfazer os desejos da alma, e grita, e bate o pé, e não quer saber. O racional está confuso, é ele quem deve tomar a decisão; e teme errar. Está uma bagunça de enlouquecer qualquer cérebro, o coitado quase que pifa de tanto pensar.
É difícil tomar decisões de coisas que não dependem só de nós, ainda mais quando estas envolvem diretamente a nossa felicidade e nos afeta por inteiro. O “não” pode significar a perca de uma história que era pra ser e não foi. O “sim” pode trazer uma dor desmedida e fazer definhar, com percas que a matemática não é capaz de calcular. Bem certo que qual seja a escolha, ambas terão conseqüências grandiosas que não podem ser ignoradas, e deixarão marcas que nunca o tempo apagará.
Alma, Coração, Racional, Emoção, Cérebro. Quem é que pode escolher algo que seja pro bem ou pro mal, afetará à todos ? O que fazer se eles não se entendem, se cada um quer algo diferente ?
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