sexta-feira, 8 de abril de 2011

Por amor




Conheço o teu caminho, cada passo que farás, tuas ânsias internas e o teu vazio, pedras que afastarás; sem nunca pensar que, como uma rocha retorno pra ti. Conheço teu respirar, tudo aquilo que não queres.
Sabe bem que não vives, mas não reconhece isso. Seria como se este céu em chamas caísse sobre mim, como o teatro sobre o ator.
Por amor, nunca fez nada ?  Só por amor, nunca enfrentou o vento e gritou ? Não dividiu o mesmo coração ? Pagou e reapostou atrás desta mania, que continua só minha ?
Por amor, já correstes sem fôlego ? Por amor perdeu e tentou outra vez ?
E deves dizer agora quanto você já se dedicou, quanto você acreditou nesta mentira !
Seria como se todo este rio viesse em minha direção, como a gravura sobre o seu pintor.
Por amor nunca gastou tudo, até mesmo a razão ? O teu orgulho em lagrimas ?
Sabes que fico esta noite, não tenho nenhum pretexto. Apenas uma mania, que continua forte e minha, dentro desta alma que chora a distância [...]
E te digo agora, sincera comigo mesma, o quanto me custa não seres meu. E é como se todo este mar se escondesse dentro de mim.

Um comentário:

  1. Adorei o seu blog. Assim que puder visite o meu!
    Passei um bom tempo longe do mundo dos blogueiros, mas agora voltei para ficar...
    www.festadepoemas.blogspot.com

    ResponderExcluir